F1 - GP de Londres: Realidade ou devaneio?

  
Nos últimos dias, o rumor de uma corrida de rua realizada no centro de Londres tem ganhado força. Não só a imprensa, como empresas têm dado crédito a este sonho. Na semana passada, uma reunião na sede do Royal Automibile Club (RAC) apresentou o projeto para personalidades britânicas. Encabeçando o marketing, estão o Banco Santander, os campeões mundiais Lewis Hamilton e Jenson Button e, claro, Bernie Ecclestone.


Projetos de corridas fantásticas em lugares inimagináveis não são novidade no escritório do Tio Bernie, mas, desta, vez, ele parece ter conseguido quem compre mais uma de suas ideias. O projeto desta famigerada corrida conta com um traçado que utiliza o centro da capital inglesa, fazendo os carros passarem por locais como o Palácio de Buckingham (sede da Monarquia Britânica), o Big Ben e o novo Estádio Olímpico.


A novidade é que, desta vez, Ecclestone está sendo apoiado pelo Banco Santander, que tratou de fazer vídeos mostrando o traçado em 3D e, até mesmo, uma volta virtual pelo circuito (no vídeo acima). Os pilotos da McLaren, Jenson Button e Lewis Hamilton, são os garotos propaganda do banco, patrocinador da equipe. Vendo os vídeos (e considerando que a corrida vá acontecer), fica impossível não deixar de observar a entrada da reta dos boxes, passando sob o arco da Trafalgar Square, onde dois carros não passarão lado a lado. Para quem reclama de Mônaco, Londres promete muito mais tensão...


Mas, antes de nos preocuparmos com a integridade física dos pilotos, devemos nos preocupar com a integridade moral de quem vende esta utopia. O blogueiro Paulo Teixeira, no seu Continental Circus (leitura obrigatória, que está marcado na lateral da Garagem do Rovida), levanta um ponto defendido pelo jornalista Joe Saward: Seria esta história toda uma forma de desviar a atenção para a notícia do Caso Gribowski, que trata da condenação de Gerhard Gribowski na Alemanha, por evasão fiscal graças a transações realizadas entre ele e Ecclestone?


Além da questão política, existem várias lacunas nessa história: Como realizar um GP parando ruas centrais de uma das maiores cidades do mundo, sem gerar caos? A Indy, por exemplo, fecha algumas pistas da Marginal e ruas laterias do Ibirapuera, fato que já deixa quilômetros de problemas. Alguém consegue imaginar o que aconteceria se a Fórmula 1 quisesse parar o centro de São Paulo? Outro ponto aberto é o fato do GP da Inglaterra já ter contrato assinado com Silverstone. Caso o GP de Londres saia do papel, entraria como GP da Europa, mas valeria à pena? Como várias coisas que já vimos num passado recente, a resposta para o título deste post será dada pelo tempo e por ninguém mais...
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