Lançamento – SRT Viper 2013: Foi-se a Dodge, mas o veneno ficou!



Hoje, no Salão de Nova Iorque, o mundo conheceu o novo Viper, o SRT Viper 2013. Ele não tem mais o pedigree da Dodge, mas continua sendo feito pela Chrysler, agora sob a sigla da Street and Racing Technology (SRT). Essa deve ter sido, talvez, a única mudança para pior, pois algumas coisas permaneceram e a maioria melhorou.



As rígidas leis norte americanas forçaram a víbora a deixar no passado a sua brutalidade sobre rodas, mas o pessoal da SRT não amansou o carro. Houve, sim, uma controlada na força, com a instalação de maravilhas tecnológicas que os puristas odeiam, mas são necessárias para o Viper ser liberado no mercado. Para presentear o fã do Viper com uma quinta geração inesquecível, a SRT foi buscar os mesmos fornecedores de marcas como a Maserati e a Ferrari. O chassi é novo e 50% mais firme que o anterior, graças ao aço reforçado. No interior do capô, um V10 de 8,4 litros cospe 648 cv nos pneus, com 83 kgfm de torque.


Tecnicamente falando, as melhorias para 2013 incluem um novo coletor de alto fluxo feito em um compósito leve, pistões forjados de alta resistência, válvulas de escape com miolo em sódio, novos catalisadores e um volante do motor em alumínio que reduz perdas de torque. Mais de 12 kg foram perdidos no motor. A transmissão manual de seis velocidades Tremec TR6060 foi melhorada com alavanca de curso menor, relações de marcha mais curtas e relação final reduzida de 3,55 para 3,07. O Viper 2013 terá velocidade final atingida na 6ª marcha com redline a 6200 rpm.


Agora, se alguma coisa resolver cruzar o seu caminho durante a diversão com o Viper e você for piedoso a ponto de frear, pise sem medo no pedal, porque os freios são Brembo com pinças em alumínio fixas, e discos ventilados de 355mm de diâmetro por 32 mm de espessura são usados em todas as quatro rodas. Até mesmo as pinças foram forjadas e trabalhadas de forma a ficarem mais leves e resistentes a deformações por calor.


Por fora, o Viper foi buscar inspiração em todas as gerações anteriores, principalmente nas primeiras, para continuar com cara de mal e um jeitão de fera que vai te matar na primeira oportunidade. As linhas fluidas do corpo do carro deixaram para trás aquela tentativa de muscle car em miniatura que foi feita na quarta geração. O Viper foi lançado, em 1995, com personalidade e, agora, a ST resgatou isso na quinta geração. A traseira voltou a ter o desenho clássico. Outro item que não podia faltar são as saídas laterais do escapamento. Os escapes laterais estão para o Viper como a ignição à esquerda está para um Porsche. Há quem diga que a frente ficou uma mistura mal acabada de elementos de Ferraris, Corvettes e Alfas, mas eu achei que ficou com uma cara de Viper modernizado.


No geral, o peso do Viper foi reduzido na casa das centenas de quilos, deixando nesta quinta geração a melhor relação peso/potência da história do Viper. A carroceria toda esculpida em fibra de carbono e alumínio contribuiu para essa redução e também para a vocação esportiva do carrão, com um coeficiente aerodinâmico de 0,36 Cx. Não se engane, amigo. Considerando os valores absurdos de deslocamento do motor (8,4 litros), potência (648 cv) e torque (83 kgfm), todos os detalhes aerodinâmicos da carroceria são absolutamente funcionais.



Além de funcionais, as novas tecnologias de controle da fera são necessárias. As mais notáveis são a suspensão ativa de dois modos, o controle de tração e o de estabilidade. A sacada genial da SRT foi deixar o desligamento das ajudas habilitado para a alegria geral da nação. Está buscando fortes emoções? Pega o teu SRT Viper, coloca em um autódromo, se equipa direitinho, desliga as ajudas e mete o pé na tábua! Simples assim! Fica a dica para os mais afoitos: Foram lançadas duas versões, a SRT Viper GTS, com mais tecnologia e auxílios de direção, e a SRT Viper, mais natural, sem certas frivolidades destinadas aos fracos...

O interior é outro show. Pela primeira vez em quase vinte anos de história, o Viper traz forração nas peças internas do painel. Na versão GTS, aquela mais controlada, essa forração é de couro. O painel é digital, mas faz misérias para os olhos do condutor, criando mostradores analógicos e animações impressionantes. O sistema multimídia já está virando item de série em qualquer carro acima da faixa dos populares e o Viper não ficou de fora dessa, posicionando um equipamento de primeira no console central. Os bancos são esportivos e, entre eles, há um espaço para iPad, outra concessão muito bem vinda à modernidade. As lanternas traseiras em LED, muito bem desenhadas e encaixadas com perfeição na traseira sinuosa, nos mostram que o futuro pode conviver em harmonia com os clássicos.


Resumindo, se você tiver grana, não pense duas vezes e compre um Viper. Você vai se divertir muito, em velocidades vertiginosas, sem caminhar no fio da navalha, como acontecia em versões anteriores. Ah! Guardei o melhor para o final. Além da versão de rua, a SRT também apresentou uma versão de corrida da víbora, mas isso fica para outro post...
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