F1 - O show de Hamilton e das Lotus em Hungaroring



O GP da Hungria foi chato. Acontece que essa chatice deveu-se, em grande parte, à atuação de gala de Lewis Hamilton e a McLaren. Piloto e equipe correram com uma precisão olímpica na estratégia e nas ações. O resultado disso foi uma liderança de ponta a ponta e a chatice de não permitir brigas pela liderança. Toda vez que olhava pelo retrovisor, Hamilton via uma Lotus. Começou com Romain Grosjean e terminou com Kimi Raikkonen, que tomou a posição do companheiro de equipe nos boxes, mas nenhum dos dois conseguiu ameaçar a vitória da McLaren #4.

Hamilton disparou na largada e assim foi até o final
A prova começou com certo tumulto, pois a primeira largada foi abortada pela direção de prova, devido a uma falha no sistema. Michael Schumacher achou que a largada estava cancelada e desligou o motor da sua Mercedes. Essa bobagem lhe valeu uma largada dos boxes. O heptacampeão terminou abandonando depois de uma prova sofrível. Na ponta, Hamilton começou seu show na Hungria com uma saída perfeita, abrindo distância de Grosjean. Sebastian Vettel e Jenson Button mantiveram suas posições, enquanto Raikkonen perdeu o 5º lugar para Fernando Alonso. Mais atrás, Felipe Massa largou mal, sendo superado por Bruno Senna. Mark Webber, que se deu mal na classificação, saiu de uma 11ª posição para o 7º posto, ultrapassando os dois brasileiros.

A Lotus foi a melhor equipe na Hungria, com os dois pilotos brigando durante toda a prova
O francês da Lotus tentou pressionar Hamilton de todas as formas, mas o inglês não parecia disposto a dar chances para o azar. Com uma pilotagem segura, ele dominou a prova durante todas as 69 voltas. Quando a responsabilidade passava para a McLaren, durante as paradas, o pessoal não deixou seu piloto na mão, realizando paradas perfeitas, nenhuma na casa de 2s31, mas todas entre 2s8 e 3s2, um tapa na cara dos outros times. Raikkonen também contou com a eficiência da Lotus para se recuperar e, após a segunda sessão de paradas, ficar à frente do companheiro. A diferença na equipe dos carros negros e dourados está nos pilotos: Grosjean é um piloto rápido, mas ainda é inconstante e seus erros lhe tiram tempo precioso nas corridas que faz. Kimi é o Iceman e nada mais precisa ser dito depois disso.

Senna (liderando) e Massa fizeram corridas diferentes. Um deu show e o outro foi discreto.
Fernando Alonso, líder do mundial, viu que o fim de semana não era auspicioso para a Ferrari e correu com a inteligência e a tabela de pontuação colada no volante. Fez o que dava para fazer sem o acerto ideal, lutou, ultrapassou e foi ultrapassado, salvando uma importante 5ª colocação final, já que Mark Webber terminou em 8º e Sebastian Vettel, em 4º. Jenson Button, muito discreto, terminou em 6º. Senna, brilhante, foi o 7º, enquanto Massa, também discreto, chegou em 9º. Nico Rosberg fechou a zona de pontuação, em 10º.

Sem o acerto ideal da Ferrari, Alonso fez o que pôde e salvou um 5º lugar
Correndo com a faca no pescoço, depois do empresário do seu maior adversário assumir como diretor executivo da Williams, Bruno Senna fez uma prova impressionante e mandou o recado. Seguro, o brasileiro ganhou a posição de Massa na largada e por ali ficou, defendendo-se com maestria do ataque de Jenson Button, que havia acabado de colocar pneus macios. Acabou superado pela McLaren mas, nas voltas finais, resistiu a outro ataque em situação ainda pior. Enquanto Mark Webber acabava de sair dos boxes com pneus macios, a Williams de Senna já estava correndo no arame dos seus mas, mesmo assim, Bruno não deu chances para a Red Bull e segurou a 7ª posição até a quadriculada.

Mark Webber recuperou-se da péssima posição de largada, mas parou em Bruno Senna, no final
Hungaroring acabou sendo uma chatice controlada, porque todo mundo tentou bastante, mas conseguir ultrapassagens no circuito travado é tarefa das mais difíceis no automobilismo mundial. De qualquer forma, valeu pelas disputas e estratégias que sempre dão uma movimentada na tentativa de diferenciar o GP da Hungria de uma procissão. Hoje foi chato, mas passou longe da fila indiana. Assim terminaram os pilotos:



Agora, a Fórmula 1 entra no famoso recesso de verão, que vem em boa hora, para não competir com as Olimpíadas de Londres. Voltaremos a ouvir o ronco dos motores entre os dias 31 de agosto, 1º e 2 de setembro, quando o circo desembarca em Spa-Francorchamps, para o GP da Bélgica.
Share on Google Plus

About Ednei Rovida

    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário